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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Sem terno e sem gravata: DJ Pastor é referência na periferia de São Paulo
Com o crescimento das igrejas evangélicas percebemos que muitas fogem do modelo tradicional para se enquadrar em determinados grupos sociais. Com o pastor Anderson Dias Barbosa foi diferente: ele já fazia parte da periferia de São Paulo quando se converteu e hoje atua como líder da Comunidade Evangélica Crescendo na Graça.
Apesar do título de pastor, e de levar esse chamado a sério, ao entrar na igreja do bairro do Itaim Paulista, zona leste da capital, você não vai encontrar um pastor engravatado, com o cabelo curto e um ambiente sério. Pelo contrário, o pastor Anderson mantém seu cabelo no estilo black power e tem uma cesta de basquete no meio do templo.
É claro que os evangélicos mais conservadores condenam ministérios que, assim como o dele, fogem da regra geral. “Sofri e sofro muito preconceito, afinal de contas moro no Brasil, o país dos preconceitos, principalmente daqueles que dizem ser cristãos”, afirma ele.
Mas é exatamente com este estilo despojado que ele cria uma identificação com o público local. “Meu estilo é devido ao lugar onde convivo. Aqui na quebrada sou conhecido como o pastor do PCC, devido a forte ação evangelística que fazemos no meio deles”.
O trabalho do DJ Pastor foi mencionado até em uma reportagem do SBT que mostravam as igrejas diferentes. O bairro do Itaim Paulista tem 400 mil habitantes e as comunidades carentes sofrem com a atuação do crime organizado. São esses infratores e também os usuários de drogas que o pastor Anderson tenta resgatar. “Hoje temos uma casa de recuperação chamada O Rei das Ruas. Não cobramos mensalidade e temos quase 100 homens para a glória de Jesus Cristo”, comemora.
Questionado sobre seu estilo o pastor explica que seu visual “seria meio que um voto de nazireu, um estilo de quem quer mudar a história da periferia de São Paulo”. Para quem se incomoda com os pastores diferentes ele manda um recado: “Peço que se preocupem mais com as prostitutas, com os dependentes químicos e com os moradores de rua. Pensem mais neles, abram suas igrejas para recebê-los, pois eles precisam mais de sua atenção do que eu”.
O pastor Anderson realiza todos os meses o baile “Rei das Ruas” voltado para o evangelismo, a vigília tem atrações musicais e uma ministração impactante. “Não tenho tempo para me preocupar com o que pensam a meu respeito, pois meu chamado é maior que a minha vida”, encerra ele.
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